sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pecados, deuses e infernos


Meus deuses moram em qualquer inferno,
perto de mim e alheio à alma
porque, se lavo o olhar, a carne é brasa
e o verbo queima feito inóspita lava.

Meus infernos adoram perdoar
e são tão mansos em qualquer lugar
que suas onisciências viram liberdade.

Meus pecados são feitos de alegrias,
tecidos a qualquer hora
embora morem escondidos em todo lugar
onde o coração os quiser e eu lhes possa dar verdades.

O que me for verdade será a tua mentira
porque os axiomas são lenhas queimadas
e as cinzas na terra, os pecados no mar.

(Paulino Vergetti Neto)
Parece que
o mundo inteiro vai descobrir este pecado ..
Mas com tanto amor assim,
com certeza seremos
perdoadas ...
(Anne)

Essa Nudez

Levar recados, tocar de leve
revelar segredos
É o mesmo que tirar a pele
de que já está nu ...
não causa dor !

(Cibele Camargo)

Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor,
e quase te acredito.

Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que ouve apenas o eco
Peco

Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio dum vinho herético e sagrado

(Miguel Torga)

Elogio do pecado

Ela é uma mulher que goza
celestial sublime
isso a torna perigosa
e você não pode nada contra o crime
dela ser uma mulher que goza

você pode persegui-la, ameaçá-la
tachá-la, matá-la se quiser
retalhar seu corpo, deixá-lo exposto
pra servir de exemplo.
É inútil. Ela agora pode resistir
ao mais feroz dos tempos
à ira, ao pior julgamento
repara, ela renasce e brota
nova rosa

Atravessou a história
foi queimada viva, acusada
desceu ao fundo dos infernos
e já não teme nada
retorna inteira, maior, mais larga
absolutamente poderosa.

(Bruna Lombardi)

Diferença

Aquilo que é secreto
à tua beira
e longe de ti se torna
tão corrente

Aquilo que é vulgar
longe de ti
mas se estás perto
se torna tão diferente

Aquilo que é mistério
indecifrável

se te aproximas até à minha
cama

E que se torna
raivosamente instável
se por acaso não dizes que me amas

Aquilo que é segredo
se o não escutas
e a tua beira fica
desvairado

(Maria Teresa Horta)
Não me culpe se meu corpo tem vontade própria,se meu desejo desconhece o “dever ser” ou “deveria ser!O corpo não tem regras, o amor não tem regras.O que eu tiro disso tudo?Que não há nada mais urgente que viver!E, sinceramente, eu tenho pressa!"...
(Eliane Azevedo)

Kalynos

Se o vento que me beija a boca,
beijasse também a tua,
então, extáticos, beijar-nos-íamos,
in ævo.

Se o desejo que te fela o sexo,
fosse o teu desejo que é o meu
avidamente também fela,
então, no símbolo do câncer,
felar-nos-ímos...

A realidade, porém, é bem outra:
asperges-me com teu hissope vivificador
e na floresta, teu pai, vetusto sátiro
toca sua flauta concupiscente

e encante, e enlouquece,
e possui a Ninfa que em mim
hás encarnado pelos sortilégios
ao sabor da ambrosia,
ardente beijo famélico & rude
que a velha Grécia tos ensinou.

(Francisco Batista de Lima)

Sacrilégio

Como a alma pura, que teu corpo encerra,
Podes, tão bela e sensual, conter?
Pura demais para viver na terra,
Bela demais para no céu viver.

Amo-te assim! - exulta, meu desejo!
É teu grande ideal que te aparece,
Oferecendo loucamente o beijo,
E castamente murmurando a prece!

Amo-te assim, à fronte conservando
A parra e o acanto, sob o alvor do véu,
E para a terra os olhos abaixando,
E levantando os braços para o céu.

Ainda quando, abraçados, nos enleva
O amor em que me abraso e em que te abrasas,
Vejo o teu resplandor arder na treva
E ouço a palpitação das tuas asas.

Em vão sorrindo, plácidos, brilhantes,
Os céus se estendem pelo teu olhar,
E, dentro dele, os serafins errantes
Passam nos raios claros do luar:

Em vão! - descerras úmidos, e cheios
De promessas, os lábios sensuais,
E, à flor do peito, empinam-se-te os seios,
Ameaçadores como dois punhais.

Como é cheirosa a tua carne ardente!
Toco-a, e sinto-a ofegar, ansiosa e louca.
Beijo-a, aspiro-a... Mas sinto, de repente,
As mãos geladas e gelada a boca:

Parece que uma santa imaculada
Desce do altar pela primeira vez,
E pela vez primeira profanada
Tem por olhos humanos a nudez...

Embora! hei de adorar-te nesta vida,
Já que, fraco demais para perdê-la,
Não posso um dia, deusa foragida,
Ir amar-te no seio de uma estrela.

Beija-me! Ficarei purificado
Com o que de puro no teu beijo houver;
Ficarei anjo, tendo-te ao meu lado:
Tu, ao meu lado, ficarás mulher.

Que me fulmine o horror desta impiedade!
Serás minha! Sacrílego e profano,
Hei de manchar a tua castidade
E dar-te aos lábios um gemido humano!

E à sombria mudez do santuário
Preferirás o cálido fulgor
De um cantinho da terra, solitário,
Iluminado pelo meu amor...

(Olavo Bilac)

Sexualidade

Eu sou heterossexual
sou roxo.

Eu sou homossexual
sou cor de rosa.

Eu sou bissexual
sou violeta neon.

Eu sou trissexual
abro meu leque na mão.

Eu sou quadrissexual
sou amarelo-limão.

Eu sou quinssexual
sou laranja-dourado.

Eu sou seis vezes
a cor do pecado.

Vou mudando de cor
até chegar no estado puro dos tons.

Sou branco virgem
na tonalidade assexuada.

(Cristiane Neder)

Trottoir


Minhas fantasias eróticas, sei agora,
eram fantasias do céu....
Eu pensava que sexo era a noite inteira
E só de manhãzinha os corpos despediam-se.
Para mim veio muito tarde
a revelação de que não somos anjos.
O rei tem uma paixão – dizem à boca pequena –
regozijo-me imaginando sua voz,
sua mão desvencilhando da fronte da pesada coroa:
Vem cá, há muito tempo não vejo uns olhos castanhos,
tenho estado em guerras...”
O rei desataviado,
com o seu sexo eriçável mas contido,
pertinaz como eu em produzir com voz,
mão e olhos quase estáticos , um vinho,
um sumo roxo, acre, meio doce,
embriaguez de um passeio entre as estrelas.
A voz apaixonada mais inclino os ouvidos,
aos pulsares, buracos negros no peito,
rápidos desmaios,
onde esta coisa pagã aparece luminescente:
com ervas de folhas redondinhas
um negro faz comida à beira do precipício.
À beira do sono, à beira do que não explico
brilha uma luz. E de afoita esperança
o salto do meu sapato no meio-fio
bate que bate.

(Adélia Prado)

Anjo, Serpente

Em que outros sonhos teu amor se esconde
do meu sonho? Onde o céu, a cova, ou cais
para o encontro fatal? Quem me responde?
Os deuses, creio, não nos falam mais...

Talvez o céu esteja em ti... Mas, onde?
a cova em ti, talvez funda demais...
Perto de ti, talvez, sem rumo, ronde
a nave, sem do porto achar sinais.

Anjo, serpente ou nave - o que procura
em ti? O porto incerto, a cova impura,
o céu onde gozar o amor sem fim?

Se acaso não possuis, do céu, a chave:
não dês pouso à serpente ou porto à nave,
para que o anjo permaneça em mim.

(Maria Braga Horta)

Auto de Fé


Não me arrependo dos amores que tive
dos corpos de mulher por quem passei
a todos fui fiel
a todos eu amei

Não me arrependo dos dias e das noites
em que o meu corpo herói ganhou batalhas
A um palmo do umbigo eu fui primeira
a divina
a deusa

a verdadeira mulher sem rival.

Amei tantas mulheres de que nem sei o nome
eu só me lembro apenas
de abraços
de pernas
de beijos
e orgasmos

E no amor que dei
e no Amor que tive
eu fui toda mulher fui vertical

Eu fui mulher em espanto
fui mulher em espasmo
fui o canto proibido e solitário

Só tenho um itinerário: Amor-Mulher.

(Manuela Amaral)

Femina


Não lavei os seios
pois tinham o calor
da tua mão.

Não lavei as mãos
pois tinham os sons
do teu corpo.

Não lavei o corpo
pois tinha os rastros
dos teus gestos;
tinha também, o meu corpo
a sagrada profanação
do teu olhar
que não lavei.

Nem aqueles lençóis,
não os lavei,
nem os espelhos
que continuam
onde sempre estiveram:
porque eles nos viram
cúmplices, e a paixão,
no paraíso,
parece que era.

Lavei, sim,
lavei e perfumei
a alma, em jasmim,
que é tua, só tua,
para te esperar
como se nunca tivesses ido
a nenhum lugar:

donde apaguei
todas as ausências
que apaguei
ao teu olhar.

(Soares Feitosa)

Intervalo amoroso



O que fazer entre um orgasmo e outro,
quando se abre um intervalo
sem teu corpo?

Onde estou, quando não estou
no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?

Que imperfeita forma de ser é essa
quando de ti sou apartado?

Que neutra forma toco
quando não toco teus seios, coxas
e não recolho o sopro da vida de tua boca?

O que fazer entre um poema e outro
olhando a cama, a folha fria?

(Affonso Romano de Sant'Anna)

Desilusão


Na fragilidade de um momento
Escrito pelo tempo sem tempo,
Abri estradas de sentimentos
Que te deixei percorrer...
Partilhámos viagens,
Segredos,
Mistérios...
A tua língua percorreu o caminho dos meus abraços,
A tua ansiedade desceu à minha fragilidade
E, arrepiados,
Excitados,
Tocámos a mesma melodia,
Saciámos a avidez dos corpos que se queriam,
Em prazeres descobertos...
Quando as tuas mãos,
Tocando a minha paixão,
Me abriam num soluço,
Eu voava
Numa leveza de sentidos decifrados!
Mas, para lá do teu peito,
Extinguiu-se a luz!
Escureci nesta minha noite fria...
O frio da desilusão assobia nas minhas entranhas...
As lágrimas gelam
E congelam-me a alma!
Já não estás aí,
Já não és,
Ou nunca foste,
Aquele que no sonho eu criei!

(Goreti Dias)

Canto de Nudez

Dá-me tua nudez,
Tua nudez úmida
Outorgada em pêlos e dobras,
Nas dobras desfeitas
De dez e mil lençóis

Dá-me tua nudez,
Tua nudez traçada,
Declarada em gotas e curvas,
Nas vidas desfeitas
Por uma ou tantas canções.

Dá-me tua nudez,
Tua nudez rasgada,
Marcada em veias e carnes,
Nos pactos esquecidos
De todas e outras juras.

Dá-me tua nudez,
Tua nudez faminta,
Destrancada de almas e corpos,
Nos sonhos destruídos
De meus e teus desejos.

(Paulo Mont’Alverne)

Quero beijar sua boca

Quero beijar sua boca
com volúpia,
com tesão
com saudade de mil anos
e a forca da solidão
fechar meus braços suados
sobre seu corpo arrepio
lambe-la feito cachorro
lambe uma fêmea no cio.

Tarde vermelha se esgarça
perto das seis horas
começa a Ave Maria
noite colcha de éter
cai indiferente
sobre a terra fria.

Quando te perder
pro tempo
quando te entregar
ao pó quero que
o sol brilhe forte
vapor do solo
te agasalhe
energia de estrela
te alimente
na jornada
para onde fores.

(Carlos Eduardo Armando)

Retrato de Mulher

Seu velado sorriso fertiliza
a paisagem estéril ao fundo
de seus olhos insinuantes
agitam meu oceano libídico.

A ausência de rosas, dálias,
papoulas, margaridas…
de flores não afasta de você
a primavera, mesmo após várias luas.

O retrato perde-se na moldura,
mas a mulher é o abismo de aromas,
corredor presente de vôos possíveis
onde debilmente macho
tateio meu futuro infantil.

Em suas fontes, matas,
montes e curvas de além-mar,
dedilho, navegante, a música de
toda minha existência.

(Carlos J. Tavares Gomes)


Homenagem
Ah, o pecado!
Viva o pecado
Que esconde em si
A mais casta virtude.
Pequemos todos, então,
Pois a alternativa
É sermos todos pequenos e vãos.

Deixemos correr
Mãos sobre nádegas
E olhares incestuosos
Sobre nossas próprias amantes.
Degolemos padres e pastores
(que também pecam, só que pecam
escondidos)
Pelo horror de terem inventado
As velhas beatas que nunca souberam
pecar.

E pequemos sem culpa
Porque culpa e pecado
Não sabem dançar um maxixe,
Só valsas vienenses.
Quando muito!
O pecado é belo,
Fulgurante e molhado;
Feito para ser deliciado
Como outra língua em nossa boca.

Fiquemos apenas com a angústia
Do pecado mal feito
Ou do jamais cumprido.
Pequemos o aqui e no agora
O pecado doce
Da quase-castidade abandonada.

Sem o pecado
Não acredito na sinceridade de Deus.

(Paulo Mont'Alverne)


Tua Regra
Eu corro à tua procura,
Levo meus braços
Anseio te enlaçar,
Mais longa que a tua vida
Há de ser o amor que tenho...
Meu bruxo, meu feiticeiro,
Tão proibido pra mim,
Tão ultimo e tão primeiro...
Quisera esmagar a boca
Na tua boca encantada,
Saber da feitiçaria
Que une e separa amantes,
Conhecer a tua regra
Te dar tudo e não ter nada,
Mas queria que tivesses
Nescessidade de mim...
Exponho meu caldeirão
Em forma de coração,
Faça aqui tua magia
Teu encanto derradeiro,
Te dou o vinho e a loucura,
Só tu, me resgataria...
Eu corro à tua procura,
Meu mago, meu feiticeiro!!!

(Dorothy de Castro)


E se eu disser


E se eu disser que te amo assim,
de cara,
sem mais delonga ou tímidos rodeios,
sem nem saber se a confissão te enfara
ou se te apraz o emprego de tais meios?

E se eu disser que sonho com teus seios,
teu ventre,
tuas coxas,
tua clara
maneira de sorrir,
os lábios cheios
da luz que escorre de uma estrela rara?

E se eu disser que à noite não consigo
sequer adormecer porque me agarro
à imagem que de ti em vão persigo?

Pois eis que o digo, amor.
E logo esbarro em tua ausência
essa lâmina exata que me penetra
e fere e sangra e mata.

(Ivan Junqueira)

Para que sejamos necessários

Transfere de ti para mim essa dor
de cabeça, esse desejo, essa violência.
Que careça em ti o meu excesso
e que me falte o que tu tens de sobra.

Que em mim perdure o que te morre cedo
e que te permaneça o que tenho perdido.
Que cresça, se desenvolva um teu sentido
que em mim desapareça.

Dá-me o que de possuir tu não te importas
e eu multiplico o que te falta e em mim existe
para que nosso encaixe forme uma unidade -indivisível-
que não se possa subtrair uma metade.

(Bruna Lombardi)

A chuva que nos molha
Enquanto a tua boca
me dá voltas à cabeça,
até perder o norte dos sentidos,
alongo-me em cada curva
que os meus jeitos, embora cegos,
descobrem rectos no teu corpo.

Arrefeço-me no fogo
que o teu gozo me oferece,
para dilatar o momento,
até que o suspirar
nos faça perder o ar, doce tortura,
em arquejos que se enlaçam
penetrantes, de afogado.

E, na saliva que nos seca,
ninguém vê, dentro de nós,
passar a chuva que nos molha
a derramar-se em tanta luz.

(Nilson Barcelli)
A Voz

Da tua voz
o corpo
o tempo já vencido
os dedos que me
vogam
nos cabelos
e os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...
Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...
Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei
para o vácuo em que me deixas
se demoras
nesta mansa certeza que não vens.

(Maria Teresa Horta)


Masturbação

Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
õs dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca
Ardencia funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma

(Maria Teresa Horta)
Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci….

(Olavo Bilac)



Noite dos Pecados
Noite, tu testemunhaste o ensejo.
Pingos de ouro traem o teu matiz
Sorriem as estrelas, o céu está feliz.
Sol e lua perderam-se aos beijos.

Não negues! Vês o orvalho dourado?
São provas do ato consumado
Amar assim não é pecado!
Vês os anjos e seus flauteados?

Ah, escuridão! Tu és cúmplice
Estás a ocultar tão exposta verdade
Em teus olhos vejo insanidade

Acalma-te! É o fulgor dos desejos
Perceba, teu manto negro rasgou.
E nua agora, diga-me quem pecou?

(Tânia Mara Camargo)
Erotismo

Trago-te
nas linhas das minhas mãos
cujas veias assimétricas
entoam cânticos de galos
que embriagados de silêncio
bicam os meus loucos desejos
molhados com o nascer da aurora.

Dissolves-te
em transparências de pura seda
cravadas nas impressões digitais
que sofregamente beijas
sem respeitares nunca os sinais.

Apesar do stop, tu avanças
Lambes-me o céu-da-boca
Mordes-me os lábios sedentos
Enrolas-te na minha língua.

Encontro-te
Desejo-te
Afago-te
Devoro-te!

Enterneço-te
Com o feitiço das minhas mãos
que te amam em alvoroço
percorrendo a auto estrada da tua pele
como se eu fosse a abelha e tu o mel
no oásis do teu corpo todo aberto
ao cardume dos meus desejos.

(Vóny Ferreira)


Politicamente incorreta

Eu amo os gays,
por ter vários amigos gays.
Eu amo as putas
por elas estarem sempre nuas,
e saberem que na fragilidade do amor
se encontra a dor.
Eu gosto de política
mas sou politicamente incorreta,
sempre amei minha professora
por me ensinar as coisas mais belas
das quais não tinha em aula.
Amo o estado da vida
fora do lugar comum,
e por isso as coisas
se tornam tão interessantes
como a poesia
que nasce e morre
neste instante.

(Cristiane Neder)
As Amantes

VI

"Já molhavas o meu cio, és uma mulher...
Deseja-me, beija o meu corpo do ardor
Nua, eis-me o fogo divino esse amador.
Ai do meu corpo! Ai do meu doce ser...
Em gozo infinito, que és minha amante
Lambe voluptuosa, mas só semente.

Só a fome virgem, embala-me o deleite
A minha boca no teu ventre molhado:
"Ai! Meu ventre... Quero o teu beijo fechado!"
Só o belo deleite, como o ardor de leite.

(Lucas Munhoz)
A uma mulher amada
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala… eu quase morro … eu tremo.

(Safo)

Soneto às Cinco Horas

A alma da minha dama,
É alma de rosa púrpura!
Na terra que declama grama,
Teu perfume é inocência pura!

Os olhos, que do mar tem a cor,
Fez amor e, do meu ver, morada!
Em teu corpo que não tem pudor,
Quero toques em teu sexo, amada!

Todo o desejo em ti contido,
Li tudo, como se lesse um livro!
Mesmo que venha a ser partido...

Oh este amor, pode tornar-me rico,
Pode quebrar-se, é vidro, fino vidro!
Mas vou vive-lo horas, mesmo sendo cinco!

(Pergentino Júnior)


Ofertório

Lânguida,
a tua mão acaricia-te
no silêncio branco da noite.

Pegas em sonhos ávidos
e metes na boca
o sabor quente a canela,
que mascas na passarela do enlevo.

Percorres-te debaixo da pele
e, de ti, conquistas o céu.

Incandescente,
sorves a polpa despida,
sonhada e roliça,
tal como as raízes do oásis
procuram a água.

Ofereces-te num altar,
em fragmentos de seiva,
e és total em cada parte.

Depois,
mansamente,
guardas os bem-me-queres
no sacrário da mente,
até que rebentem de novo.

(Nilson Barcelli)

Feitiço

Meu coração e o seu
Sorriem
Quando se tocam,
Quando se beijam.
Corações saindo da boca
Em forma de línguas,
Línguas ardendo,
Tocando o céu da boca,
Buscando estrelas.
Delírio, paixão, desvario...
Quando o meu coração
E o seu coração se tocam
Provocam tudo isso.
Ainda mais,
Mais do que isso,
Fazem amor,
Fazem feitiço.

(Otacílio Cesar Monteiro)
Mas volta...
Volta
Ah, volta sim
Pra mim
Pra nós
Volta
E vê se traz
Amor
calor
Abraço
Beijo
Um poema
Da Florbela
A rosa
Do Pixinguinha
Amarela
E que não fala
Mas exala
Tal perfume
Traz teu ciume
E briga
Toma veneno
Frasco pequeno
Mas não morra
Escuta porra
Por favor
Sou tua
Amiga
Amante
Sou catavento
Lamento
Mas nesse
Instante
Não sou mais
nada
Calada
Fico quieta
Nem sei
se devo
Escrevo
Pois sou poeta!!!

(Dorothy Castro)
Minha super star...
Você é muito importante,
na minha constelação...
Você é a minha estrela da manhã,
que me acorda com um sorriso...
Depois se transforma em brisa,
e beija o meu rosto...
Como num passo de mágica,
você vira um anjo...
Me acompanha aonde eu for,
aonde tem tristezas, 
você contagia com a sua presença,
e transforma tudo em alegrias...
Você é minha fada de dia,
a noite a minha musa amada...
Que me usa e abusa,
e faz de mim o que quer...
Você é a mais bela estrela,
que a noite pra mim se transforma,
em uma linda mulher...
Que satisfaz os meus desejos,
com seus deliciosos beijos...
Ernane Rezende rabiscador de poesias
Moça mulher...
Moça que tem o rosto,
exposto na minha mente...
Moça que nunca vou deixar,
ficar longe da minha retina...
moça que brinca de me amar,
com as meninas dos meus olhos...
Moça que passeia,
no meus pensamentos,
e brinca de redemoinhos,
com os meus pensamentos...
Moça que na calada da noite,
entra no meu quarto,
pela a minha janela...
Moça que invade os meus sonhos,
me ama de todas as maneiras,
me arranha, me assanha e me marca,
com a sua arte de amar...
Moça que me acorda,
com um beijo apaixonado,
antes de um novo amanhecer,
para me amar e saciar os desejos...
Moça só de pensar em você,
não vejo a hora de anoitecer,
e te amar até o amanhecer...
Moça me promete, sempre me aquecer,
e que nunca vai-me esquecer...
Moça mulher,
que faz de mim o que quer...
Moça me ouça, e nunca se esqueça...
Moça você é dona do meu coração...

Ernane Rezende rabiscador de poesias
Eu sou o pecado...
Que passeia no seus pensamentos,
e apareço como uma tara louca na sua mente...
Sou o olhar pervertido, nos cantos dos seus olhos,
ao ver uma presa toda saliente a passar...
Sou desejo a salivar sem parar,
e a banhar sua língua em êxtase,
desejado os seus beijos molhados nos meus...
Sou a pele toda arrepiada de prazer,
e com vontade de lhe conhecer...
Sou a mão ousada e suada de ansiedade,
e vontade de percorrer a sua anatomia...
Eu sou o pecado em estado febril,
quase explodindo, feito pólvora num barril...
Sou o pecado a procurar,
de alguém pecante, que queira,
se aventurar em amar, sem se amarrar, 
só para sentir o prazer em pecar...
Eu sou o pecado desejado,
sem se importar com o amor...
Ernane Rezende rabiscador de poesias
Queria ter vinte anos
Para poder te amar.
Ah, coração bandido
Por que fui te encontrar?
- O coração não envelhece -
O meu está novinho em folha
E é por ti que ele se agita.
Não tenho vinte anos,
Tenho um amor imenso...
Estremeço como um adolescente
Quando te tenho caliente.


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Dj@.Poet@...... - CORAÇÃO BANDIDO -
...A cada vento intenso que soprava,
ela erguia os olhos ao “alto”
Colhia um buquê de esperanças e avançava.
Havia muito chão a ser plantado.
O mundo ao qual pertencia ainda
carecia de muitas flores...

Arnalda Rabelo

Corpos que se encontram
Paixão em uníssono
Sussurros trocados
Confidências ao pé do ouvido

Bailado sensual
Ritmo envolvente
Compasso marcado
Sincronia perfeita

As bocas se unem
Se fundem
Mãos que se perdem
Por tantos caminhos

Se entendem apenas no olhar
Pra quê palavras?
A sintonia diz tudo o que precisa
Nada há para falar

Clímax
Êxtase
Prazer
Amor
Paixão

F.C.

Seu sorriso e tudo pra mim...
Se as minhas mãos,
pudesse alcançar as estrelas...
Juro que pegaria algumas,
só pra ver você sorrir...
As mais bonitas e cintilantes,
bem brilhantes, igual os seus lindos olhos,
olhando radiante de amor pra mim...
Estrelas que brincam em volta do luar,
elas vão ornar, com o seu belo sorriso,
e vão brincar com as lindas meninas,
dos seus olhos...
Eu vou adorar ver essa alegria,
estampada no seu rosto angelical,
as estrelas em ti,
e você sorrindo pra mim...
Ah! O que eu não faria,
só para te ver feliz a sorrir...
Ernane Rezende rabiscador de poesias

"Meu travesseiro acordou molhado...
Não era a chuva,
eram as minhas despedidas dos "sentimentos antigos,
já confortáveis"...
Viver tem dias muito nublados quando a simples existência nos dói nos ossos.
É como mergulhar num mar que não dá pé quando nem se sabe nadar...
Não julgo,
não culpo o mundo,
antes trago a responsabilidade pra mim e digo: "o preço de uma alegria explodida no peito,
é essa angústia sem um réu" (...)

'Marla de Queiroz'
o quanto te quero bem,
talvez não tivesses dado,
teu amor a outro alguém...
Mas só eu sei,
e tu jamais saberás,
o quanto eu te amei...

(Célia Jardim)
... Eu nunca disse que o amava, mas já lhe estendi os braços para que atravessássemos juntos a rua...
Eu nunca disse que queria ser a mãe dos seus filhos, mas já os vi correndo no parque...
Eu nunca quis te ligar por medo de lhe tirar a liberdade, mas já dormi ao lado do telefone esperando que ele tocasse, e muitas vezes ele nem se mexeu...
Eu nunca soube como voar, mas já coloquei asas em palavras para que pousassem em seu coração...

[Pipa]
E por que não exagerar
um pouco?
Tem dias que
não se deve economizar
coração,
mas gastar peito,
esbanjar batidas,
Tem dias que é saldão
de felicidade..."

(Silvio)
"Ele pegou-lhe a mão, dedo entre dedos,
e disse:
-Quando você sorri, um pedacinho de céu
clareia em mim!
-E ela sorriu.
E o céu inteiro, num relance se abriu..."

(Silvio)

A melhor coisa na vida
é encontrar alguém que te ame com seus defeitos, erros e fraquezas,
e ainda diz que você é uma pessoa perfeita...


Bárbara Coré
E, se o sentimento compartilhado
realmente for bacana e precioso para as duas vidas,
quem sabe pedir uma para a outra com honestidade:
“não desiste de mim.

Ana Jacomo

”Eu só te peço uma coisa:
Pare de culpar a vida.
Pare de ter pena de você.
Se assuma. Se aceite. Se culpe.
Se estrepe. Se mate.... Mas se perdoe.
Pelo amor de Deus, se perdoe
Somos todos culpados, se quisermos.
Somos todos felizes, se deixarmos.”

_____Fernanda Mello
''Aprendi que meninas boazinhas colecionavam elogios e presentes.
Eu colecionava bolinhas de gude e cicatrizes.
Hoje, enquanto algumas esperam viver um conto de fadas,
eu já beijei príncipe que virou sapo, construí castelos
para morar sozinha, despedi a fada madrinha,
escolhi viver com o "lobo", ouvi várias histórias
mas resolvi escrever a minha.''

Renata Fagundes


Instante X

Estes meus dias são as fagulhas,
Deste meu tempo de alegorias
São meus instantes presentes!
E minhas horas, bem minhas horas...
É aquele tom claro, que às vezes,
Mancha de roxo feito um beliscão.
Mas, sigo a marcha entre as flores
E as pedras que todo caminho tem!
Sigo descalço e sorridente
Porque tudo é flor, é pedra, é gente,
E até que provem o contrário,
Serei a coerência que não mente.
E se chorar resolvesse, acredite,
Eu choraria também.

...........” Catarino Salvador “.
Pessoas não são descartavéis

Algumas pessoas consideram as outras como sendo caixinhas de suco, ou seja, descartáveis. Consomem o que está dentro e depois, “pluft”, atiram a caixinha ao lixo. Pessoas assim merecem atenção. São seres tristes, apáticos. São dignas de pena.

Conheço algumas dessas. Como elas não sentem, acreditam que os outros também não vão sentir. E, nesse ritmo, vão usando as demais. Uma atrás da outra. Seja no trabalho, seja nas relações de amizade, seja em relações amorosas.

Para essas pessoas é fácil passar por cima das coisas, é fácil passar por cima dos outros. Nada as magoa. E, por isso, elas acreditam que o que fazem não vai magoar e, se for? Não tem problema. Não sendo elas as atingidas está tudo bem.

O ruim é que as pessoas que não são assim, aquelas que passam por cima do que sentem para ver os outros bem, essas são as que sofrem. Vêem-se desrespeitadas e nada podem cobrar. Não adianta.

Há diferenças gritantes entre os que descartam e os descartáveis. Os que descartam costumam proferir frases como: “Faço o que gosto, vivo o momento e arco com as conseqüências”, “Sou assim, não mudo. Quem quiser que goste de mim assim mesmo”. Os descartáveis costumam dizer: “Quero que ele seja feliz.”, “Quero o bem dela”.

Infelizmente os descartáveis sofrem muito, mas, de mesma forma, recuperam-se e estão sempre prontos para novas decepções, novos perdões. Por isso, os descartáveis devem agradecer aos descartadores: “Obrigado por nos mostrar o quanto somos mais elevados e maiores que vocês”.

E, sabendo disso, seguir em frente. Amar as pessoas como elas são, entender seus egoísmos e buscar relacionar-se com aqueles que compartilham de idéias “descartáveis”, mas que certamente deixam os descartáveis mais felizes no caminho em que os atira ao lixo.

Kalinka Iaquinto
Sonho...

Tenho sonhos como menina
Quando penso em nós...
como mulher
Sonho com o amor
Com a presa de quem
espera o amanhã ...

Elvira Sininho
"Tem gente que tem luz até
nos rastros que deixam onde passam,
luz nos cabelos,
luz nos olhos,
sorrisos que clareiam
como um flash em nossa
alma..."

(Silvio)
"A gente precisa mais que amores na vida,
de amar e sentir-se amados,
é preciso esta dose extra, exagerada as vezes,
de fé, de perdição, de esperas e êxtases...
É preciso surpreender-se em cada futuro instante,
inaugurar cada novo momento,
esvaziar-se e preencher das mesmas
coisas e de outras, de forma nova..."

(Silvio)


Me chama de fada

Me chama d amada
Me diz tudo
Sem precisar dizer nada
Há dias d calmaria
Dias que sou tufão
Ás vezes menininha
Em outras mulherão
É estranho querer entender
Como mudo rápido
Digo sim, digo não
Vou ao inferno e passo no céu d raspão
Pode rir
Também t farei chorar
Como t farei enlouquecer
Sonhar, querer, gozar
Cuida o céu! Sou regida pelas estrelas
Ás vezes densa
Em outras sutil
Pelos poros exalo Afrodite
Como ninguém nunca viu
Ás vezes me tem
Ás vezes fujo
T provoco
E tento me defender
Esqueço d ti
Esqueço de mim
Mas muda o céu e me tens pra ti
Assim
Sem entender"

*comu*
Bandida ou Malvada


Macio como veludo

“Teu corpo é tão sedoso
Tão macio como o veludo
Sei que o mais gostoso
E desejado deste mundo
Neste teu corpo me perco
Uso,abuso apos me repouso
A cada vez que me enrosco
Ah!Amor,dai que eu gozo
Ao tocar neste teu corpo
penso estar tocando o céu
Sugando tua boca tão linda
Secando o gostinho de mel
Então fico mais gulosa
Te pedindo sempre mais
Você não nega nadinha
Me amando me satisfaz
Por isso meu amorzinho
Venho aqui te dizer
Adoro este teu corpinho
Macio que me da prazer
E,como você me dá”

*comu*
Bandida ou Malvada
Fecho os olhos

E te sinto chegar devagarinho
E, com um beijo apaixonado
Vou me prendendo aos teus carinhos
Olhar sedutor
Boca sedenta de amor
Cheiro de prazer
Vontade de te ter
Vou me perdendo nos teus beijos
Me aquecendo nos teus abraços
Me inspirando nos teus desejos
Me entregando às fantasias
Sinto tuas mãos quentes deslizando pelo meu corpo
Tua respiração ofegante
Sinto o meu corpo tremer
E passo a delirar de prazer
Amor selvagem
Irresistível, apaixonado
Terno e carinhoso
Com gostinho de quero mais
É assim que te imagino, meu amor!

*comu*
Bandida ou Malvada
Cabelos molhados

“Escorrendo água
Como se fossem gotas
Gotas de orvalho
Como se fosse um rio
Descendo colinas
Gotejando aos poucos
Passando por teus lábios
Descendo essa montanha
Qual riacho seguindo
Seu leito e que é teu peito
Refugiando-se na enseada
Que é teu ventre
Apagando essa chama ardente
Por fim chegando ao lago
Onde inunde teu espaço
Que é o meu desejo
Assim são teus cabelos
Cabelos molhados
Apenas por água
Tão límpida e cristalina
Pura agora porque teu filtro
É teu corpo
E a minha sede enorme
Podemos beber agora
Já que matamos nossa fome!”

*comu*
Bandida ou Malvada
Amar você

"Amar você é assim
Sonhar o seu sonho
Por você ter apego
Viver de esperança
Imaginar seu chamego
Sentir seu corpo vibrar
Mesmo que nunca na vida
Possa uma vez lhe tocar
Amar você é superar o medo
É guardar este amor em segredo
É com seus beijos sonhar
E mesmo q seus lábios ñ m toquem
Me sentir beijado
Que os puritanos se choquem
Toda minha você imaginar
Do teu seio em minha boca
Ao teu jeito doce de amar
Amar você é buscar liberdade
E estar sempre presente
Imaginar a distância
Infinitamente ausente."
*comu*
Bandida ou Malvada



Quero você

Coberto ou no chuveiro
Mas com o letreiro aceso
Dizendo: vem fazer amor com prazer
Me banha na sua água
Me brinca numa taça
Sorri provocante ao me ter
Sente os arrepios e
Abre suave a boca
Pedindo beijo dessa louca
Toda felina ao te tocar
Mãos entrelaçadas segurando
O que os delírios nao conseguem conter
Você fazendo amor em erupção
Eu gemendo em paixão
Pedindo pra você nao sair
Me acalma num abraço
E permite ser tatuagem no
Seu coração
Pelos cabelos segura me mostra o caminho
Onde seu desejo vai se extinguir
Quero te engolir inteiro
Amo sentir teu cheiro
E sem pressa
Te ver chegar a paz
Te amo voraz!

*comu*
Bandida ou Malvada
SAFADA


“Menina safada e faceira
Tire minha roupa, rasgue-a e jogue fora
Quero sentir este corpo quente de tesão
Me possua, sua safada
Geme de prazer para eu sentir
que me pertence
Que sou o lobo que te deixa louca
Vem menina
com estes olhos de me quer mais
Com este jeito que nada sabe
Fingindo ser a primeira vez
Deixando a mulher escondida se soltar
Bandida, ordinária e safada
Do jeito que gosto
Do jeito que me faz desejá-la mais ainda
Corpos colados e suados
Nenhuma trégua nesta guerra de prazer
Somos um corpo, um desejo
Nesta loucura gostosa sinto teu corpo gemer
Sinto teu gozo e ouço teus gemidos
Olho pra você e vejo a safada que amo
Como uma menina faminta e carente
De meus carinhos
de minha carne.”

*comu*
Bandida ou Malvada
Seduza-me

“Seduza-me
Se fores capaz
E sei que és
Poderoso
Macho gostoso
Vem
Joga teu charme
Me encosta
Já basta
Me ganhes
Com categoria
Mas sem agonia
Vem
Com sua força
Mostre tua sedução
Teu poder
Te imponhas
E me ganhes
Finjo que não te quero
Te provoco
Comecemos este jogo
Sem trapaça
Mas sem vergonha
Para ver quem ganha
Será que resisto
Ou serei eu que te seduzirei
Pouco importa
Deixa este jogo empatar
Quando o tempo terminar
Se terminar...”

Comunidade
♥Bandida ou Malvada♥
Sensual
"Ah! Esse seu jeito sensual que me fascina
E o teu modo de dizer e de cantar
Que me convida, o teu corpo provoca
Desfruto dele, cada milímetro exploro
E em cada canto (um encanto) apreciar
Embora mulher, sofrida de dores e amores
É no teu peito que eu quero despertar
Me faz menina pra poder te encantar e ao mesmo tempo
Ser mulher e te amar
Digo palavras desconexas, culpo o desejo
Quem sabe (foi) o vinho que nos fez embriagar
Quero sentir teu gosto, tua boca a me sugar
E extasiada explodir em emoção
Deixar-te louco de desejos e amores
De tal maneira que não possas recuar!"
Comunidade
♥Bandida ou Malvada♥
Sou menina


"Ingênua, atrevida
Mulher liberta
Quando amada
Se sofrida, tranco-me
Desolada e acuada
Sou dócil como
Ave engaiolada
E traiçoeira
Serpente atiçada
Branda, como a
Calmaria do lago
E feroz como
Um mar bravio
Sou a chama
Inútil da vela
Que tenta em vão
Clarear o dia
E o medo
Na noite sombria
Sou a alegria
Da chegada e a
Triste despedida
Sou bondade
Se preciso for e
Maldade, se ferida
Sou o sorriso
Na face bela
E a lágrima maldita
Sou a luz do sol
E a ventania que
Chega intempestiva
Sou a dor do passado
A esperança perdida
Do meu castelo
Rainha
Mas também
Serva e súdita
Sou a felicidade no
Coração que ama
E se magoada
Sou sórdida
Bandida!"


Comunidade

♥Bandida ou Malvada♥


Vem me degustar..
 
“Hum vem me degustar
Mas vem, bem devagar
Hoje quero com carinho sem pressa
Me faz beber-te, saborear-te
Me explore com seus dedos
Língua, mãos e beijos
Me massageie com suas unhas
Me arrepie a pele
Te presentearei com meus gemidos
O calor vai crescendo dentro de mim
Vontade de sentir você penetrar-me
Bem devagarinho num ritmo cadente
Dançando em cima do meu corpo
E eu embaixo acompanho o ritmo
Seguro firme em suas nádegas
Te dando o sinal para acelerar
Agora é fúria, tesão, amor e luxúria
Gozemos juntos
Vem meu amor
Te quero sempre
Me ajoelho ao seus pés
A espera do teu gozo.”

Bandida Malvada
Tango
"Chorava um bandoneon
Num canto de bar.
Meu vestido vermelho
O cabelo preso numa flor,
E o tango falando de amor,
Contrastavam com a luz neon.
Nossos corpos em uníssono,
Um balé tão sensual…
Movimentos em compasso,
Acompanhavam cada passo
Deste tango figurado,
Como um estranho ritual.
Batia o coração descompassado!
Teus lábios sensuais me enfetiçavam,
Tuas mãos macias brincavam em mim
Como o vento brinca, namorando
As flores de um jardim.
Teus olhos escuros, meio ciganos,
Insinuavam promessas,
Dessas, que misturam
Amor, desejo, paixão e mais, muito mais…
Um perfume no ar
E abraçado ao violino
Solitário bailarino,
O bandoneon a chorar
Um velho tango de amor,
Naquele canto de bar!"

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♥Bandida ou Malvada♥