Ofertório
Lânguida,
a tua mão acaricia-te
no silêncio branco da noite.
Pegas em sonhos ávidos
e metes na boca
o sabor quente a canela,
que mascas na passarela do enlevo.
Percorres-te debaixo da pele
e, de ti, conquistas o céu.
Incandescente,
sorves a polpa despida,
sonhada e roliça,
tal como as raízes do oásis
procuram a água.
Ofereces-te num altar,
em fragmentos de seiva,
e és total em cada parte.
Depois,
mansamente,
guardas os bem-me-queres
no sacrário da mente,
até que rebentem de novo.
(Nilson Barcelli)
Lânguida,
a tua mão acaricia-te
no silêncio branco da noite.
Pegas em sonhos ávidos
e metes na boca
o sabor quente a canela,
que mascas na passarela do enlevo.
Percorres-te debaixo da pele
e, de ti, conquistas o céu.
Incandescente,
sorves a polpa despida,
sonhada e roliça,
tal como as raízes do oásis
procuram a água.
Ofereces-te num altar,
em fragmentos de seiva,
e és total em cada parte.
Depois,
mansamente,
guardas os bem-me-queres
no sacrário da mente,
até que rebentem de novo.
(Nilson Barcelli)
Nenhum comentário:
Postar um comentário