segunda-feira, 20 de junho de 2011
"Como você é ridícula, amor platônico é para adolescentes.
Lá fora há milhares de possibilidades de felicidade, de felicidades possíveis.
De realidade. E você eternamente trancada na porta
que o mundo fechou na sua cara.
Fazendo questão de questionar e atentar o inexistente.
Vá viver um grande amor. Olha, faça um favor para mim,
antes de tremer as pernas pelo inconquistável
e apagar as luzes do mundo por um único brilho falso, olhe dentro de você
e pergunte: estupidez, masoquismo ou medo de viver de verdade?"
- Tati Bernardi -
'Eu te escolhi.
Outros me olhavam, outros pareciam talvez
até um pouco mais interessantes, mas eu escolhi você.
Que esquisito, eu já havia escolhido outros outras vezes.
Dessa vez tudo foi diferente, dessa vez não era tão simples assim,
dessa vez havia um diferencial tão complexo:
você me escolheu também.'
Maria Clara Machado
Tenho a mão pesada ao escrever poemas,
Abro, no papel, profundos sulcos,
tipo, leito de um rio, por onde navegam
palavras, pensamentos, histórias,
coisas colhidas nas trilhas desta vida.
Não acaricio as palavras, espremo-as,
até ter delas seu sumo, seus significados.
Uso cores agressivas, por vezes exuberantes,
quando tento passar uma mensagem.
Quando falo de saudade prefiro o cinza,
nostalgia navega em branco e preto
e a revolta em águas barrentas, sempre!
Estou mais para a realidade,
a vida me fez assim!
Tenho a mão pesada aos escrever poemas,
machuco o papel, até perceber que ali existe
sangue, suor, saliva, sentimento,
não sei escrever sem expor feridas.
Parir versos é remexer nas entranhas,
é cutucar cicatrizes, fazê-las ardidas,
só assim o poema sobrevive
e eu consigo exorcizar minha dor.
NALDOVELHO
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