segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O vento e eu

O vento morria de tédio
Porque apenas gostava de cantar
mas não tinha letra alguma para sua própria voz,
cada vez mais vazia ...
Tentei então compor-lhe uma canção
tão comprida como a minha vida
e com aventuras espantosas que eu enventava de súbito,
como aquela em que menino eu fui robado pelos ciganos
E fiquei vagando sem pátria ,sem familia ,sem nada neste vasto mundo...
Mas o vento , por isso
me julga agora como ele ...
E me dedica um amor solidário , profundo !!


Mário Quintana


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