quinta-feira, 7 de julho de 2011

"PESO DO NADA"







Sou formada por ausências


solitude, abstinências


que muitas vezes esmagam


os gritos do meu silêncio.






Sou feita de mil querenças,


anseios e transparências


que muitas vezes emergem


com a voragem de um tufão.






Sou fruta verde-madura


um travo de fel-doçura


aguardente que se traga.






Sigo cerzindo essa teia


segurando em minhas veias


todo o peso deste nada...


*


- Eliane Stoducto -

*

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