sábado, 16 de abril de 2011




Entre estações


Passa a nuvem, sorrateira, devagarzinho
Querendo roubar o sol, que banha o prado
Vem sorrindo, pensando-o descuidado.
Vem sapeca, brincando pelo caminho

Pensa que o sol, bobo sem soltar-se
Seguirá preso, rendido, um soldado
Sonha a nuvem, infeliz, o enciumado
Da alegria que sonha para si, render-se.

Pois a Natureza com ele cresce, é vida!
Nasce, cresce sua beleza sem disfarce
Mas sem ele é triste, cinza, e sem saída,

Ele voltará na cura dos seus estragos,
A mãe Natureza, agradecida, leva ao seio
Os que choram pedintes em seus anseios.

Betânia Uchôa

Nenhum comentário:

Postar um comentário