quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A voz do meu corpo te chama
E se desdobra em mar e poesia.
Ecos que transbordam de mim
Para além desse olhar, carne
Acesa em palavras e melodia.
Abro-te o peito e as mãos e
Chegas para me reiventar e
Redefinir...Serenamente,
Enlouqueço, lúcido prazer:
Sou delírio escorrendo em
Labaredas...Bocas em abissais
Desejos, beijos, teus olhos
Entre o meu coração e o teus
Gemidos...Temidos momentos
Que somos tão maiores que nós
Mesmos.
E todos os pecados são poucos
Para o teu perdão, e todo o teu
Arder em meu corpo e mãos.
Meu corpo te cobre de promessas
E sem pressa, inundamos o espaço
E o tempo com os nossos galopes
Selvagens e coloridos, deixando
Cada vez mais longe as cores de meu
Vestido.Virtudes de quem conhece
A noite escura e os seus lânguidos
Abraços.Pedaços nossos tão virgens
E encantados saciando a sede da fome.
Meu corpo calado agora tem nome,
Agora bebe e agora come
Karla Bardanza

Nenhum comentário:

Postar um comentário