terça-feira, 12 de abril de 2011




Momento

Nenhum sopro de ausência.
Só a paixão Suave de um sol íntimo
No seu ninho verde e alaranjado.
Simplicidade de substância volátil,
Desejo no seu silêncio,
Luxo indolente, frescura de vértebras solares.
Intimidade perfeita
E que demora numa cândida estância.
Tudo se tornou interno neste espaço interior,
Na delícia extrema de um sossego de folhas.
O que era fugaz converteu-se em tempo enamorado
E em tranquila doçura de hábitos.



Antonio Ramos Rosa

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