quinta-feira, 7 de abril de 2011




ABSTRATO

Estou frágil e me engano
tantas são as cores
que pincelam a ilusão
que é fácil baixar a guarda
minha capital é caos
nalguma falésia sua

Desse veneno que comunguei
mil vezes comigo
pouco me resta
e agora me alimenta

Imperfeito é o futuro
nessa minha retórica-farsa
parca e insuficiente
mas é o que ainda me sustenta

Não tema meu coração
ou minhas dores profundas
não maldiga meu passado
que me fez assim
sou completa no pretérito

(Larissa Marques)

Nenhum comentário:

Postar um comentário